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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Quem foram São Cosme e Damião


 
   São Cosme e São Damião, eram irmãos gêmeos, filhos de uma família árabe, nobre e cristã, no século III. Seus nomes eram Acta e Passio. Originários da Arábia, estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la na Egéia e na Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento em troca. Ao atenderem os doentes, realizavam curas fantásticas e milagrosas, e orando diziam: "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder".
   São padroeiros dos médicos, dos estudantes de medicina, dos farmacêuticos, dos barbeiros e dos cabeleireiros. Protegem orfanatos, creches, comércio de doces. E são invocados especialmente para a proteção de crianças em geral.
   Morreram com cerca de 40 anos de idade. Há várias versões para suas mortes, mas nenhuma comprovada por documentos históricos. Uma das versões relata que seus milagres aborreciam as autoridades de Roma e por isso teriam sido amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e de serem inimigos dos deuses romanos.
   Outra versão conta que a primeira tentativa de excecutá-los foi por afogamento, mas eles teriam sido salvos por anjos. A segunda tentativa foi queimá-los, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados, na terceira tentativa, as pedras voltavam para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados. Certo é que foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma.

   O dia de São Cosme e São Damião é celebrado pela Umbanda, Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste e Xambá.
 
   Estas religiões os celebram no dia 27 de setembro, enfeitando seus templos com bandeirolas e alegres desenhos, como tradição são distribuídos doces, refrigerantes e brinquedos às crianças que saem às ruas em busca de agrados. Na Bahia, as pessoas comemoram oferendo caruru, vatapá, doces e pipoca para a vizinhança.
No Candomblé, são associados aos ibejis, gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas.

   Para a Umbanda, Cosme e Damião descobriram a vocação para medicina desde muito cedo, estudaram e colocaram em prática o que aprenderam, curando doenças e realizando milagres, iluminados pelo poder de Deus. Além de Cosme e Damião também Doum é homenageado, um outro irmão dos gêmeos, igualmente médico e pediatra, um espírito de Ogum (que teria desfrutado de vida terrena).

   Padroeiros da linha das crianças, emprestam a ela seus próprios nomes! As entidades que atuam nessa linha apresentam-se sob as vestes de um espírito infantil. São muito amigas e detêm um grande poder. São conselheiras e curadoras, por isso foram associadas a Cosme e Damião, que foram exemplos vivos de fé, doação e vocação desde crianças.

   Ainda na Umbanda, a maioria dessas entidades trata-se de espíritos que desencarnaram com pouca idade terrena, por isso trazem características de sua última encarnação, trejeitos e fala de criança, gostam de brinquedos e doces.

   Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.

   Essas entidades são puras e simples, porém muito sábias, durante a consulta identificam muito rapidamente os erros e as falhas dos consulentes; porém, não se calam, ao contrário, aconselham e alertam sobre esses problemas.

   É uma falange de espíritos que assume em forma e modos, a mentalidade infantil. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras, como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium e seriedade dos trabalhos, para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem a mensagem a ser transmitida. Os "meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome etc. Estas características, que às vezes nos passam despercebidas, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.

    Por se tratar de crianças, a própria música, a postura física dos médiuns incorporados (agachados ou sentados no chão), o palavreado, a fala e a manipulação de brinquedos e doces, tornam essa gira inevitavelmente descontraída; porém, uma gira de criança nunca deve ser interpretada como uma diversão, mesmo que seja realizada num dia festivo. Apesar dos apetrechos lúdicos (brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas) e da atitude infantil, esta linha é fortíssima, tendo seus poderes desconhecidos por inúmeras pessoas, que levadas pela aparência esquecem-se da essência da própria religião.

   Frágeis só na aparência são, na verdade, verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa; atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para solução de problemas familiares e gravidez. Os pedidos feitos a estas entidades, normalmente, são atendidos de maneira bastante rápida. E também trazem mais uma característica singular, é uma das poucas falanges que conseguem dominar a magia.

   Esta falange trabalha com todas as energias elementais e é portadora natural de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem.

   Assim como todos os servidores dos Orixás, essas entidades também têm funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiras dos Orixás, sendo extremamente respeitadas pelos Caboclos e pelos Pretos Velhos.

   Erês, Ibejis, Crianças... que brincam, dançam e cantam, chupam chupeta, se lambuzam de doce, se molham com refrigerante, mas merecem respeito por seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinário conhecimento.

Características
Dia da semana:
Domingo

Pedra:Quartzo rosa e Água Marinha

Saudação: Onibejada! ou Salve São Cosme e Damião! ou Salve as Crianças!

Velas: Rosa e azul claro

Essências: Água de rosas e Flor de laranjeira

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Cura pela Fé

A Cura pela Fé






















A Cura nas Religiões

   O fenômeno de cura ocorre em todas as religiões e é algo inerente a ideia do divino.
   A cura emana da fé, da crença em algo superior.
Dois elementos estão unidos na fé, o amor e a crença na existência do divino.
   Há algo de transcendental, de além do humano e do racionalmente explicável, neste campo estamos no Divino.
   A neurociência explica a cura como uma profunda mensagem que a pessoa internaliza e admite como certa e eficaz que agirá sobre todas as suas células, tecidos e órgãos, capaz de reprogramar sua proteção imunológica e lhe curar, em síntese, uma poderosa autossugestão.
   Para algumas religiões a cura estaria relacionada com o denominado milagre, pela a interseção de forças do além, de Santos, de Beatos, do Espírito Santo, de entidades supremas ou simplesmente duma graça divina.
   Alguns relatos de curadores, os Apóstolos curavam com o olhar, com as suas sombras apenas.
   No espiritismo, cura-se com o sopro, com as palavras, com as mãos, com a invocação de Deus, com orações, com o passe, com a água fluidificada.
   Alguns curadores se utilizam de canivetes, agulhas, tesouras e fazem efetivamente intervenções corporais diretas, a exemplo do grande médium João de Deus que atende na cidade de Abadiânia no estado de Goiás.
   A palavra, o olhar, as ondas magnéticas emanadas das mãos também curam.
   Na Umbanda a cura pode vir por meio de orações, de chás, de ervas, de sinais, de cantos, de vibrações, do uso das pembas, de velas, de oferendas, de amalás, de rituais, de rezas, de banhos de ervas, de águas magnetizadas ou benzidas.
   Por meio do passe magnético, do descarrego, da defumação, de se passarem ervas ou entoarem palavras, de cantos, de pontos riscados, de pequenas batidas em pontos do corpo, de risadas ou gargalhadas, de ponteiros ou punhais. O rito não supera a fé, é parte dela.
Se escolhermos uma palavra para traduzir a cura, esta palavra é o amor.
   O amor é insuperável, dele emanam vibrações poderosas que captam do alto a mais impossível e improvável cura de qualquer enfermidade.
Se espíritos, médiuns, benzedeiras, religiosos curam é porque amam profundamente o próximo, desejam o bem da humanidade.
   O sentimento de amor sempre governa a cura e a ligação com o divino é parte fundamental desse modo de vivenciar a fé.
Em resumo, o amor e o divino curam poderosamente. Os remédios da medicina não são substituíveis, mas quando não alcançam seus efeitos, basta o remédio da alma, que é o bálsamo ensinado pelo Nazareno, nosso Pai Oxalá



Claudio Henrique de Castro
Gira do Pai Beco