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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Orixá Regente do Ano de 2017



Segundo a tradição Astrológica, nosso planeta Terra é influenciado em ciclos de 36 em 36 anos e por ciclos menores anuais, por um planeta regente. Cada ciclo anual tem um planeta que rege a Terra, mas sempre influenciado pelo planeta regente do ciclo maior, que rege também o ano do inicio deste ciclo.

   

   Em algumas escolas Umbandistas associamos os planetas a alguns Orixás. O Sol a Oxalá, Vênus a Oxum, Mércurio a Oxossi, A Lua a Iemanjá, Saturno a Obaluaê, Júpiter a Xangô e Marte a Ogum. Não por coincidência também regentes dos Tronos Divinos Universais, Orixás que irradiam seu Axé a todos e a tudo o tempo inteiro.

  

   Neste ano de 2016 o planeta Regente foi o Sol e como Orixá Oxalá, como mencionei, que também é o regente deste ultimo Ciclo dos 36 anos, que finaliza agora este ano.

  

   Em 2017, um novo Ciclo de 36 anos se inicia, onde a regência será do planeta Saturno, Orixá Obaluaê, que também regerá o Ciclo anual, pois é o primeiro ano deste ciclo. Nos próximos anos subsequentes, um planeta e Orixá assume a regência, mas sempre sobre a influencia de Obaluaê.

 

   Em 2013 a regencia tambem foi de Obaluaê, sendo que como o regente do Ciclo de 36 anos era Oxalá, toda a ação do orixá Obaluaê sobre nosso planeta, teve forte influencia do trono da Fé.

  

   Deixo abaixo o link do post que fiz sobre a regencia deste ano:

 


 

 

   Este ano toda a regencia pertence a Obaluaê, que representa tudo aquilo que diz respeito à nossa responsabilidade e às nossas Obrigações, conosco mesmo e com a sociedade em que vivemos.

  

   Obaluaê é um Orixá temido, implacavel e insensível que veta nossas expectativas e esperanças, mas na grande verdade um Orixá incompreendido pois como um severo mestre ancião nos transforma com sabedoria e ponderação,nos fazendo crescer, amadurecer e evoluir.

 

   Embora saibamos que todas vibrações Divinas estão presentes em todos os ciclos, a influencia da regencia de obaluâe pede atenção, pois o processo evolutivo e transformador deste ciclo, propicia o amadurecimento, seja pela compreenção racional, ou pela dor. Por outro lado, com sua energia telurica, Obaluaê tambem é um Orixá consolilidador e estruturador. Ele propicia solidez para que possamos alicerciar e fundamentar nossos projetos de vida, permitindo seu progresso. Está muito ligado a tudo que diz respeito a nossao vida profissional. É fator primordial no andamento de tudo o que esperamos em nossa vida, por isso é fundamental o exercicio da paciencia e da perseverança para que possamos receber o que é de melhor de Obaluaê.

 

   Este ano de 2017 será uma ano de transformações para a  estabilidade que o ciclo que se inicia impõe. O planeta e os seres que o habitam, no ultimo ciclo foram testados e exauridos em sua Fé e confiança, para aqueles que prostelaram   possam evoluir e alcançar a estabilidade.




Um Otimo ano de 2017 a todos e muita saude sobre o amparo de Nosso Pai Obaluaê.


Atotô Obaluaê, Silêncio o senhor da Terra chegou.






terça-feira, 1 de novembro de 2016

O DIA DE FINADOS NA UMBANDA



   Neste mês de novembro, no dia 02,temos por tradição o dia de finados.
   Para nós, umbandistas, esta data tem grande importância por tratar-se do dia em que louvamos a força e o poder do Divino Orixá Pai Omulu, o Senhor da Morte e das Transições no Universo Divino.
   De uma forma geral, na sua doutrina, a umbanda se apega intensamente na Vida, ou seja,em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, podermos garantir um lugar bom nas esferas espirituais.
   Hoje, quero comentar sobre a visão da morte e a importância da mesma, sendo que cultuamos uma Divindade regente desse sentido da vida.
   Para a Umbanda a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, da passagem encarnatória. Após o ato da morte física do ser encarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumuladas durante a passagem no corpo físico.
  Aqui no plano físico ,estamos numa esfera neutra ou mista,onde tudo se encontra,sem distinção.
   Já no plano astral,os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais.
Logo,se o ser vibrar ódio,um lugar com seres odiosos será sua morada.Se vibrar o amor,sua morada será um lugar agradável.Nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós morte.
   Então,nada se acabará com o fim da vida física,quando o corpo perece este é o fim de uma etapa e o início de outra.Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual.Assim ,o contrário acontece quando reencarnamos:”morremos”para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico.
   Nós umbandistas,devemos nos preocupar com o que criamos na nossa vida,pois já podemos desconfiar do resultado no desencarne.A Umbanda não crê em ressureição,como não crê em um Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho,uma vez que ela prega a transcendência que cada ser deve alcançar.Ninguém fará nada por ninguém,cada qual com seu quinhão.No entanto,a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser.
   No dia de finados,é fundamental que o umbandista,ao realizar o culto ao Divino Orixá Pai Omulu,vibre seus pensamentos nos antepassados,seus parentes desencarnados,solicitando ao Pai Omulu que ilumine a todos ,pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas suas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz,pode ser oportuno de acontecer este resgate,e,aquele que já esteja em situações privilegiadas,então se sentirá gratificado pelas vibrações,além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.
   O culto ao Orixá Omulu é o momento de   exaltação da Divindade e o que mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo ele não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a esse Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa Vida, por exemplo, o fim um relacionamento amoroso é o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas. Neste momento de finalização lá está presente a vibração desse Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais, também posso citar a mudança de emprego, de moradia, fim de amizade, etc...
   Sempre em situações, principalmente de   rompimentos ou encerramentos de ciclos,é esta a vibração divina que se faz presente na Vida dos envolvidos. Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na Cerimônia Fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos .
   Existe todo um procedimento para a Cerimônia do Funeral Umbandista, que é realizado pelo Sacerdote, um ajudante e um parente antes da cerimônia Social.


Autor Rubens Saraceni

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A Cremação na Visão Espiritualista

 
 
 
   É interessante que o ritual de cremação existe há milhares de anos, em diferentes partes do mundo.
  
   Os gregos, os romanos, os tailandeses, indianos e grande parte dos orientais utilizam a cremação há muitos e muitos anos.
  
   Para as religiões do Oriente, queimar o cadáver é uma prática consagrada, pois o fogo tem uma função regeneradora, eliminando os defeitos da pessoa e libertando sua alma. No Ocidente, os gregos, por volta do 10 a.C., queimavam seus soldados mortos em batalha, para facilitar levá-los de volta a sua terra natal, aos seus familiares. Os nórdicos, que acreditavam assim libertar o Espírito de seu arcabouço físico e evitar que o desencarnado pudesse causar danos aos encarnados. A ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana), desde 1970, aceita a cremação e realiza todos os sacramentos aos cremados.

   Alguns estudiosos do meio ambiente vêm denunciando a superlotação nos cemitérios. A má conservação destes pode gerar o necrochorume, um líquido formado a partir da decomposição dos corpos que podem conter resíduos perigosos, doenças infectocontagiosas, bactérias patogênicas, contaminando lençóis freáticos e o subsolo ao redor.   Embora para alguns este tema seja chocante, há bastante lógica quando eles alegam o uso da cremação diminuiria os encargos básicos econômicos, como por exemplo: adquirir terreno para construir jazigo; a manutenção das tumbas; nas grandes capitais falta de espaço para construir cemitérios etc. Além disso, em cidades como São Paulo, por exemplo, enquanto o enterro mais simples fica em mais de R$ 200,00, o crematório publico cobra pouco mais de R$ 100,00.
  
   Emmanuel, espírito, no livro “Caminhos de Volta”, psicografado por Chico Xavier, relata:
“De quando em quando, amigos da Terra nos inquirem com respeito aos resultados possíveis da cremação que tenhamos porventura experimentado após o afastamento do corpo denso.

E efetivamente o assunto se reveste de significação e proveito, pelas repercussões do processo crematório no plano espiritual.
Por muito se examine, no mundo, a presença da morte física, conferindo-se-lhe foros de igualdade em quaisquer circunstâncias, o óbito não é idêntico no caminho de todos. (grifo nosso)
…. Além da existência comum na Terra, nem todas as criaturas se observam imediatamente exoneradas da inquietação e do trauma, da ansiedade ou do apego exagerado a si próprias.
Temos companheiros que, na desencarnação pelo fogo se liberam de improviso de qualquer conexão com os recursos que usufruíram na experiência material. Entretanto, encontramos outros, em vasta maioria, que embora a lenta desencarnação progressiva que atravessaram, se reconhecem singularmente detidos nas impressões e laços da vida material, notadamente nas primeiras cinqüenta horas que se seguem à derradeira parada cardíaca no carro fisiológico. Fácil observar, em vista disso, que o período de espera, no espaço razoável de setenta e duas horas, entre o enrijecimento do corpo físico e a cremação respectiva, é tempo valioso para a generalidade de todos aqueles que se encontram em trânsito de uma vida para outra.( grifo nosso)Obs.: Nos locais onde têm crematórios, há uma sala frigorífica onde pode ocorrer este período de espera.
Isso é compreensível porque se muitos irmãos dispensam semelhante cuidado, desde os primeiros instantes de silêncio no cérebro, outros, aos milhares, se observam vinculados aos tecidos inertes de que já se desvencilharam, no anseio, embora vão, de revivescê-los. À face do exposto, nós, os amigos desencarnados, nada poderíamos aventar fundamentalmente contra a cremação. No entanto, entendendo que os nossos amigos – os homens da Esfera Física – ainda não dispõem de instrumento para analisar os graus de extensão e de intensidade do relacionamento entre o espírito recém-desencarnado e os resíduos sólidos que lhes pertenceram no mundo, consideramos justo que se lhes rogue o citado período de repouso, a favor dos chamados mortos, em câmara fria que lhes conserve a dignidade da forma. Depois disso o sepultamento ou a cremação nada mais representam, para a alma, que a desagregação mais lenta ou mais rápida das estruturas entretecidas em agentes físicos, das quais se libertou.”

Emmanuel ainda em outro livro – “O Consolador”, questão 151, opina:

“Na cremação, faz-se mister exercer a piedade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tônus vital, nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material.”
Temos aqui algumas observações a fazer. No Brasil, a cremação é regulamentada por lei (Lei dos Registros Públicos nº 6015, de 31/12/1973, no artigo 77, parágrafo 2º). Só pode ser cremado quem em vida fez uma declaração registrada em cartório com este desejo. Assim, supõe-se que quem o fez, está se preparando para o desfecho com o devido desprendimento dos laços físicos. Ocorre, porém, que algumas pessoas sofrem de pânico ao pensar que poderão ficar presas sob a terra, e depois seus restos mortais serão consumidos por larvas e microrganismos, esquecendo-se que aquilo nada mais é do que uma capa, que está vazia de sensibilidade e alma há muito. Para estes, será bastante penoso ver, que somente sobraram cinzas daquele que fora um dia. Inevitável é que cada um terá de pensar sobre isso alguma hora, e preparar-se o mais adequadamente possível. Penso que o melhor preparo é vivendo, vivendo plenamente o dia a dia. Não loucamente como alguns citam, “como se não houvesse amanhã”, mas comedidamente, buscando a verdadeira fonte de felicidade em cada dia, mas não voláteis e ilusórios momentos de intensidade e sensação duvidosos.
Leon Denis , nos idos de 1905 ,na obra “O Problema do Ser, do Destino e da Dor,” já comentava que, ao consultar os Espíritos sobre a cremação de corpos, concluiu que em tese geral, a cremação provoca desprendimento mais rápido, mas brusco e violento, doloroso mesmo para a alma apegada à Terra por seus hábitos, gostos e paixões. Continuando o relato, ele escreveu:
“…É necessário certo arrebatamento psíquico, certo desapego antecipado dos laços materiais, para sofrer sem dilaceração a operação crematória. É o que se dá com a maior parte dos orientais, entre os quais está em uso a cremação. Em nossos países do Ocidente, em que o homem psíquico está pouco desenvolvido, pouco preparado para a morte, à inumação(enterro) deve ser preferida, posto que por vezes dê origem a erros deploráveis, por exemplo, o enterramento de pessoas em estado de letargia. Deve ser preferida, porque permite aos indivíduos apegados à matéria que o Espírito lhes saia lenta e gradualmente do corpo; mas, precisa ser rodeada de grandes precauções. As inumações são, entre nós, feitas com muita precipitação.”

Também o Irmão X no livro “Escultores de Almas”, psicografado por Chico Xavier nos adverte :
“…a atitude crematória é um tanto precipitado, podendo vir a ter conseqüências desagradáveis para o Espírito desencarnante: … morrer não é libertar-se facilmente. Para quem varou a existência na Terra entre abstinências e sacrifícios, a arte de dizer adeus é alguma coisa da felicidade ansiosamente saboreada pelo Espírito, mas para o comum dos mortais, afeitos aos comes e bebes de cada dia, para os senhores da posse física, para os campeões do conforto material e para os exemplares felizes do prazer humano, na mocidade ou na madureza, a cadaverização não é serviço de algumas horas. Demanda tempo, esforço, auxílio e boa vontade. Eis porque, se pudéssemos, pediríamos tempo para os mortos. Se a lei divina fornece um prazo de nove meses para que a alma possa nascer ou renascer no mundo com a dignidade necessária, e se a legislação humana já favorece os empregados com o benefício do aviso prévio, por que razão o morto deve ser reduzido a cinza com a carne ainda quente?”

Na Umbanda, alguns babalorixás são contra, considerando que o corpo deve ser devolvido à Natureza e à Nanã. Já Ramatis, dá a entender que os corpos inumados (enterrados) podem sofrer a ação vampirizadora de alguns espíritos que ficam em busca de restos de energia vital . Esta teoria eu questiono um pouco, primeiro porque há guardiões habilitados, sob a chefia do Pai Omulu, para que tal não aconteça. Por outro lado, como é necessário esperar alguns dias, nada impede que aquele espírito devedor, ao desencarnar seja perseguido mesmo nas câmaras frigoríficas de um crematório.
Outra corrente, baseada no que Chico Xavier falou há muito tempo,em entrevista ao “Pinga fogo”, ele afirmou que durante a cremação, que ocorre a 1.200 oC, pode haver dano do próprio perispírito, que é uma espécie de matéria quintessenciada.. Particularmente não concordo, exceto naqueles casos em que o desencarnado não conseguiu, por falta de méritos, auxilio das equipes espirituais especializadas em desligar o corpo físico dos envoltórios perispirituais e rompimento do cordão de prata. Neste caso ele sofrerá por tempo variado a impressão de deformação de sua forma perispiritual.
São idéias e afirmações suficientes para que façamos uma boa reflexão, e que cada um tire suas conclusões, sóbrias, equilibradas, vistas e um modo sereno e lúcido.
Que todos fiquem sob as bênçãos do Pai, e cada um tenha uma boa hora em todos os momentos, valorizando a Vida e sabendo que somos imortais.

Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ
Fontes consultadas:
Simonetti, Richard.Quem tem Medo da Morte?. SP: editora CEAC, 1987.
Xavier, Francisco Cândido Caminhos de volta- ditado pelo espírito Emanuel
Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed. FEB 11 ª edição, 1985, pg 95.
Xavier, Francisco Cândido. Livro: Palavras de Emmanuel
Xavier, Francisco Cândido. Escultores de Almas. Ditado pelo espírito Irmão X

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

TRABALHOS DE CACHOEIRA




 
 
   Hoje trago pra vocês um texto garimpado da internet que fala sobre a importancia dos trabalhos feitos na cachoeira para a religião de Umbanda. Boa leitura a todos!



   Vamos falar um pouco sobre os trabalhos feitos na cachoeira?.

   No mês de Outubro acontecem muitos trabalhos na cachoeira devido ao dia que homenageamos Oxum mas você sabe a importância de um trabalho feito na cachoeira, nas matas, ou na praia?

   Os trabalhos na cachoeira são de extrema importância na nossa Umbanda, assim como todo trabalho feito ao ar livre, onde se têm mais presentes as forças da natureza. A cachoeira é cuidada por Oxum em conjunto com Xangô, que é dono das pedreiras. A vibração que existe nesse ambiente é extremamente pura e limpa e por isso usamos dessa energia para fazer trabalhos para todos Orixás e Guias.

   Toda parte da natureza pertence a alguma Entidade, assim como podemos citar o exemplo de que ninguém vai à praia sem pedir licença a Iemanjá. Mas o que acontece é que poucas vezes paramos pra pensar que junto dela existem outros guardiões daquele lugar. Vamos voltar ao assunto da cachoeira e explicar desde que se entra nela.

   Quando entramos numa cachoeira, geralmente ela está dentro de uma mata, e quem toma conta da boca da mata? Exu. Por esse motivo, antes de mais nada, deve-se pedir licença a Exu da Boca da Mata. Em seguida, o dono das folhas que com toda certeza precisaremos tocar e usar em nossos trabalhos e essa é a hora de pedir licença a Ossain, o dono das folhas. Em seguida temos Oxóssi como o dono da mata toda e Oxum e Xangô lá na cachoeira.

   O momento de entrada do ambiente sagrado é importante para que desde o início dos trabalhos aquelas forças todas acompanhem cada um que as chama com fé. Usar as ervas de Ossain sem pedir licença a ele é como uma ofensa, já que você não ia gostar que pegassem algo seu sem permissão, não custa pedir ao dono que ele ajude e também zele por você.

   Os banhos de cachoeira descarregam e purificam nosso lado material e espiritual, sendo capaz de eliminar cargas de “feitiçarias”, feridas que não podem ser vistas e médico algum consegue curar, e assim por diante. Claro que isso tudo acontece tendo o auxílio do trabalho espiritual.

   Para que seja feita a gira na cachoeira, é necessário que antes de começar o trabalho, o local seja preparado sem resto de trabalhos e oferendas feitas por outros terreiros pois não se sabe a procedência dos trabalhos e nem o que fazem ali de fato. Para iniciar a gira, normalmente é feito o defumador antes de mais nada e as oferendas aos Orixás. Só depois então, tem-se o início da gira onde cantamos e louvamos cada um dos Orixás.

   Nesse dia, nem sempre se canta para todos os guias espirituais pois nem todos eles têm a necessidade de fazer trabalhos na cachoeira, enquanto outros podem fazer um trabalho com muito mais força e energia se for na cachoeira como os Caboclos, Boiadeiros e Erês.
Algumas vezes também é feito o Amaci que é basicamente um banho feito com as ervas de Ossain, que o Pai de Santo joga em nossas cabeças para que possamos naquele momento fortificar nossa ligação com nossos Orixás protetores e Guias Espirituais. Após esse “banho” o indicado é que se fique durante os 3 dias seguintes sem lavar a cabeça e sem sair no sol ou no sereno com a cabeça destampada, então as mulheres costumam usar panos de cabeça brancos ou turbantes e os homens usam o eketé ou boné de cor clara.

   Nossos trabalhos na cachoeira são feitos geralmente uma vez ao ano com os médiuns da casa e não são feitos para benefício de uma pessoa apenas, mas sim em prol do desenvolvimento de cada um, fortalecimento da casa e de todos que a frequentam.

   Vale lembrar que o que escrevemos em nossa página e jornais, é sempre partindo dos princípios e ensinamentos da nossa casa espiritual e nem sempre funciona da mesma maneira em outras casas, o que não significa que um melhor ou pior que o outro. Cada um tem sua forma de trabalhar

Autor: Amanda Cunha (Casa Pai Joaquim de Angola)

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

30 de Setembro Dia de Louvar o Rei da Pedreira.

   
   
   Nasceu na Dalmácia (Iugoslávia) no ano 342. São Jerônimo cujo nome significa "que tem um nome sagrado", consagrou toda sua vida ao estudo das Sagradas Escrituras e é considerado um dos melhores, se não o melhor, neste ofício.

   Em Roma estudou latim sob a direção do mais famoso professor de seu tempo, Donato, que era pagão. O santo chegou a ser um grande latinista e muito bom conhecedor do grego e de outros idiomas, mas muito pouco conhecedor dos livros espirituais e religiosos. Passava horas e dias lendo e aprendendo de cor aos grandes autores latinos, Cicero, Virgílio, Horácio e Tácito, e aos autores gregos: Homero, e Platão, mas quase nunca dedicava tempo à leitura espiritual.

   Jerônimo se dispôs ir ao deserto a fazer penitência por seus pecados (especialmente por sua sensualidade que era muito forte, por seu terrível mau gênio e seu grande orgulho). Mas lá embora rezava muito, jejuava, e passava noites sem dormir, não conseguiu a paz, descobrindo que sua missão não era viver na solidão.

   De volta à cidade, os bispos da Itália junto com o Papa nomearam como Secretário a Santo Ambrósio, mas este adoeceu, e decidiu nomear a São Jerônimo, cargo que desempenhou com muita eficiência e sabedoria. Vendo seus extraordinários dotes e conhecimentos, o Papa São Dámaso o nomeou como seu secretário, encarregado de redigir as cartas que o Pontífice enviava, e logo o designou para fazer a tradução da Bíblia. As traduções da Bíblia que existiam nesse tempo tinham muitas imperfeições de linguagem e várias imprecisões ou traduções não muito exatas. Jerônimo, que escrevia com grande elegância o latim, traduziu a este idioma toda a Bíblia, e essa tradução chamada "Vulgata" (ou tradução feita para o povo ou vulgo) foi a Bíblia oficial para a Igreja Católica durante 15 séculos.

   Ao redor dos 40 anos, Jerônimo foi ordenado sacerdote. Mas seus altos cargos em Roma e a dureza com a qual corrigia certos defeitos da alta classe social lhe trouxeram invejas e sentindo-se incompreendido e até caluniado em Roma, onde não aceitavam seu modo enérgico de correção, dispôs afastar-se daí para sempre e se foi a Terra Santa.

   Seus últimos 35 anos os passou em uma gruta, junto à Cova de Presépio. Várias das ricas matronas romanas que ele tinha convertido com suas pregações e conselhos, venderam seus bens e se foram também a Presépio a seguir sob sua direção espiritual. Com o dinheiro dessas senhoras construiu naquela cidade um convento para homens e três para mulheres, e uma casa para atender aos que chegavam de todas partes do mundo a visitar o lugar onde nasceu Jesus.

   Com tremenda energia escrevia contra os hereges que se atreviam a negar as verdades de nossa Santa religião. A Igreja Católica reconheceu sempre a São Jerônimo como um homem eleito por Deus para explicar e fazer entender melhor a Bíblia, por isso foi renomado Patrono de todos os que no mundo se dedicam a fazer entender e amar mais as Sagradas Escrituras. Morreu em 30 de setembro do ano 420, aos 80 anos.



Na Umbanda, São Jerônimo é sincretizado com Xangô


   Sincretizado a São Jerônimo, Xangô é o Orixá da Razão e da justiça, sua cor é o marrom e o vermelho, é o responsável pela solução das pendências e das injustiças, dando a quem merece o devido castigo e a vitória ao injustiçado.

   Xangô simboliza a lei de causa e efeito, sua ferramenta é a machada de dois gumes (Oxé), ou a balança de dois pratos, simbolizando a justiça, o equilibrio e a imparcialidade.

   Recorrem a Xangô todos os injustiçados, perseguidos espiritual e materialmente.

   Os domínios de Xangô são as pedreiras, as serras, montanhas e as cachoeiras.  É a Ele que recorremos quando necessitamos de
  cura de nossos desequilíbrios emocionais, para o desenvolvimento do senso de justiça e para agir com a razão equilibrada; para obter o amparo da Justiça Divina em todas as situações de conflitos e quando estamos sendo alvo de magias negativas ou sofrendo atuações negativas cármicas; para obter auxílio em questões judiciais que estejam se arrastando e para obter a expansão equilibrada e estável dos nossos projetos de vida. Também para agradecer a proteção recebida em qualquer dessas situações. Xangô como todos os Orixás jamais desampara aqueles que a Ele recorrem.

   De Xangô emanam a autoridade, a justiça e a razão. Ele jamais erra e não permite o erro de seus filhos. É o protetor dos bons juízes, dos bons advogados e de todos aqueles que tenham contato com as práticas da justiça.

   Nas demandas espirituais após Ogum ou os outros Orixás envolvidos nessas demandas terem feito o seu trabalho, Xangô virá obrigatoriamente cumprir a lei de Deus de causa e efeito.

   A vibração de Xangô, nas incorporações que ocorrem nos templos de Umbanda, é fortíssima. Quando incorporado em nossos médiuns transmite sempre a imagem de alguém forte como a rocha, todos presentem sua tremenda força.

   Xangô está sempre associado à força, Ele é a autoridade capaz de despertar o respeito por suas determinações e leis, suas determinações serão sempre obedecidas por todos, gostem ou não. Por estar associado à firmeza da rocha e à estabilidade que as pedreiras transmitem, que são os seus domínios, delas emana a sua força.

   Não há necessidade de pedir a Xangô a justiça, Ele a fará sempre mesmo que você não peça ajuda a Ele. Na realidade evite pedir justiça, se você pedir a justiça, tenha certeza que Ele atenderá o seu pedido, mas como qualquer ser humano você tem em seu passado alguma coisa da qual se envergonha e Xangô também vai ver os seus erros e lhe dará também, ao mesmo tempo, o seu pagamento por suas obras.

   Se o assunto é ligado a justiça e aos seus processos e você possui a verdade ao seu lado, pode recorrer a Ele com toda a garantia de vitória, mas só proceda desta forma se tiver à verdade ao seu lado, porque se você é o errado na questão, tenha certeza que Ele vai puni-lo.

   A justiça de Xangô é baseada em leis Divinas e não podem ser manipuladas pelos homens, seja sábio.

Fonte: http://espiritualidadeeumbanda.blogspot.com.br

Lenda da Jurema

LENDA DA JUREMA

Conta-se que um bravo guerreiro Tabajara chamado Abaturuna se apaixonou perdidamente por uma jovem e bela índia chamada Yurema. A chamavam assim porque ela era arredia e sempre amarga e não fazia amizades com ninguém. Ela foi encontrada na mata, bebê, por um grande Pajé Tabajara. Era de uma beleza ímpar, branca como a lua, olhos e cabelos negros como a noite.

Cedo ela revelou muitos dons; conseguia viajar no pensamento, visitava as aldeias do mundo invisível, falava com os Espíritos Encantados nas matas e com os antigos Deuses.

A seu pedido, seu pai adotivo fez uma oca para ela morar sozinha, assim ela poderia se dedicar a sua arte mágica, curando doenças, picadas de animais peçonhentos, ferimentos, doenças de espíritos, etc.

O jovem guerreiro a amava em silêncio. Não ousava se aproximar porque ela era sempre reservada e isolada. Ela sabia do amor que ele nutria, ela também o amava, mas sabia que esse amor nunca poderia ser cumprido.

Yurema era filha de Jaci a lua com um índio e para fugir da ira de Coaraci, seu marido, ela a deixou na mata para que fosse criada pelos índios. Por isso que Yurema tinha tantos poderes, por ser filha de uma Deusa.

Um dia Abaturuna sentindo que nunca iria realizar seu amor, resolveu partir desse mundo. Rumou para a mata sem suas armas disposto a morrer. Yurema sentiu o que ia acontecer e foi atrás dele. Encontrou-o triste esperando a morte chegar. Ela se encheu de coragem e revelou que também sentia um grande amor por ele. Nesse momento se entregaram um ao outro vencidos pelo amor que sentiam.

Do céu Coaraci então descobriu o fruto da traição de Jaci e partiu para mata-la. Desesperada Jaci implorou a Tupã que a ajudasse. Tupã compadecido a transformou numa raiz que fez surgir uma bela árvore, a Jurema. Seu jovem e valente amor virou os galhos espinhentos para que Coaraci não pudesse atingi-la e assim Yurema ficou protegida e guardada e continua revelando os mistérios dos invisíveis a quem bebe de seu licor A dona da Ciência do Juremá.

Lenda ouvida do meu Padrinho Reinaldo Ribeiro dos Santos

Por: Marcelo Galvão

sábado, 3 de setembro de 2016

Falando sobre Trabalho Feito



Hoje trago para vocês um texto que fala sobre trabalho feito, espero que gostem abraços.


O que é trabalho feito? 

   É comum a pessoa numa consulta ou conversa com um guia, ouvir dizer que tem "trabalho feito". Quando ouvimos esta afirmação normalmente pensamos logo que alguém se submeteu a rituais nos quais uma outra pessoa voluntariamente realizou, pensamos logo em trabalhos de magia negra.
   É bom termos como conhecimento que muitas vezes uma indicação desta, necessita de maiores explicações, e até pode constituir fonte de descredito para o médium e também para o guia. Poque nem todo "trabalho feito" é feito por outra pessoa. vamos tentar explicar como isso funciona.
   Naturalmente este termo, engloba também trabalhos de magia negra, mas na visão de um guia, muitas das vezes, não explica como a entidade maléfica foi colocada ali, ou até mesmo criada. O Guia, simplesmente constata a companhia não positiva. Nós e que deduzimos que foi por magia negra.
   O que queremos dizer é que trabalho feito, nem sempre significa alguém ir numa encruzilhada ou num cemitério, depositar oferendas a uma entidade e pedir mal a alguém. 
   Com pensamentos negativos, também criamos, muitas das vezes inconscientemente,  elementais, formas pensamento, que nos obsediam. muitos dos "demônios" que nos cercam são criações de nossos próprios pensamentos e sentimentos. estes seres são também identificados pelos Guias em nossa companhia. Com isso vamos tentar compreender melhor, o que uma linguagem simples às vezes pode trazer.
   Em síntese, quando ouvimos o termo "trabalho feito" não significa apenas que alguém praticou magia negra contra outrem, mas que tudo pode ter sido gerado ou atraído pela própria vitima.
   Vários fatores influenciam nisto, um deles é a pessoa realmente acreditar que estar enfeitiçada por alguma magia negra feita para lhe atingir. Com isso sua vida material não caminha bem, sua saúde se abala e de tanto alimentar esta crença, acaba se materializando realmente em um trabalho feito contra ela mesma, trazendo com isso realmente espíritos negativos que acabam sugando-lhe, por afinidade, as energias, e o que ja estava ruim acaba ficando pior.
   Portanto, muito cuidado com seus pensamentos. nem tudo do que nos acontece de ruim é magia negra trabalhada a nos prejudicar. Quando chegamos nesta condição foi porque permitimos e abrimos a guarda e permitimos a sintonia com o astral inferior e sua atuação negativa em nossa vida.


Issan Pery.

domingo, 22 de maio de 2016

 
 
A RESPONSABILIDADE DO MÉDIUM, COMO INTERMEDIÁRIO

“Orai e vigiai“, essas são as palavras que alguns de nós ouvimos com frequência. A prece é uma forma de meditação, e vigiar os próprios pensamentos, em busca de aproximar-se do ser equilibrado, livre de qualquer sentimento oposto à Religião (orgulho, preconceito, inveja, e etc.). Por que esses dois elementos são tão importantes? Se nós, médiuns, somos o instrumento pelo qual os guias e orixás se comunicam com os demais.

Ao ver deste mero escritor, que vos dedica esse simplório texto, o médium deve ser como uma linha de conexão sem interferências. Caso não medite sobre a sua condição e não vigie os seus pensamentos, ele, consequentemente, tenderá a interferir na mensagem enviada pelo Espírito de Luz. E quantas vezes não vimos este fato? O médium usa de seu guia, um ser mensageiro, de luz esclarecedora e imparcialidade absoluta, para fins mesquinhos, como forçar a vontade alheia através de uma, suposta, sabida mensagem.

Dificilmente um médium ficará TOTALMENTE inconsciente quando incorporado. O caso se assemelha a água e óleo, que, colocados em um único copo, tem contato, tornando-se uma só porção, contudo não se misturam!

Essa visão sobre o objetivo do médium explica, ainda que de forma simplória, o verdadeiro motivo do “por que estudar sobre umbanda”. 
A posição intermediária exige que o médium seja presente como ferramenta e ausente como formador de opinião, pois até mesmo a amizade entre o médium e a pessoa, que veio a esse em busca de uma mensagem, pode alterar a real Matéria dita pelo guia, se não houver separação entre os interesses do médium e o objetivo central da prática.

Mas o que é necessário para a conduta imparcial do médium?

Acredito que não seja estranha a prática de banhos de ervas, acender velas específicas (aos orixás ou ao anjo de guarda) ou, ainda, a leitura de livros indicados pela Casa de Caridade. Bem, esses são os principais fatores para a conduta do médium. Mas como um simples banho, um acender de velas ou um folear de páginas refletem nas atitudes?

Alguns de nós já fomos orientados sobre a necessidade de deixar os nossos problemas “da porta para fora” das casas de orações. Essa simples frase tem um fundamento imenso. O fato de não deixar que o seu cotidiano interfira na prática religiosa contribui, diretamente, na qualidade da conexão que se tem com os guias espirituais. Tal qual a preparação que se tem anteriormente ao trabalho, propriamente dito.

É comum termos a sensação, quando iniciantes, de ansiedade logo que acordamos e sabemos que é dia de gira. Afinal, não é qualquer dia, você irá ter contato com os guias e Orixás. A forma com que o dia se procede é totalmente diferente dos demais, e de tempo em tempo olhamos para o relógio. Chega-se em casa, toma-se um banho de ervas, específicas para aquela gíra, coloca-se a roupa própria e se pega as guias (missangas). Quando, finalmente, chegamos no local do culto, cumprimentamos felizes, e, antes mesmo de começar o trabalho, fazemos uma oração. A abertura é feita e logo se tem contato com os guias  dos médiuns mais antigos. A hora de incorporar chega e a cabeça vai à mil e as sensações são diversas, principalmente no começo. A gira chega ao fim, mas sabemos que tudo foi parte de uma grande experiência, e aguardamos a próxima, mais uma vez, ansiosamente.

O que eu acabei de descrever, acredito eu, foi vivenciado pela maioria dos médiuns, ainda que as situações se limitassem à “semelhante”. Mas a pergunta ainda não foi respondida: Como tudo isso pode influenciar? A preparação espiritual no dia, descrito no parágrafo anterior, deixa o médium em estado neutro, pronto para executar a sua função com harmonia com o meio, sem nenhuma carga negativa que o impeça. O banho de ervas tem a função de equilibrar as energias, a vela específica para o orixá cultuado no dia gera uma conexão preliminar e os ensinamentos cultivam a doutrina, tornando o médium hábil, mentalmente, para conciliar e discernir suas próprias ideias as mensagens.

O banho, as velas e os livros são fatores importantes sim, mas os sentimentos solidários estão acima, são os elementos que refletem a conduta do médium. Um médium com verdadeira vontade solidária, não permite a sobreposição da sua vontade a mensagem do Guia, ainda que a verdadeira mensagem seja oposta aos seus pensamentos, pois ele sabe que a Fonte age em prol do bem, e aquela pessoa que veio a ele em busca do guia, acreditou na sua capacidade mediúnica de transmitir a mensagem sem interferência alguma, como se, de fato, a pessoa-médium não estivesse mais ali.
         

A obrigação de transmitir a mensagem está intrinsecamente ligada à absorção do destinatário. Se o método deve atualizar-se na medida em que a realidade muda, devemos nós, umbandistas, agir conjuntamente aos nossos guias na medida das nossas funções. Porque nas diferenças entre as nossas e as funções dos orixás encontram-se o encaixe perfeito, que ao ver deste mero palpiteiro, tornando possível a prática da verdadeira Umbanda.





Pedimos sua ajuda para juntos reformar nosso templo


 Caros irmãos de fé, estamos precisando reformar nosso Templo para transforma-lo em um lugar cada vez mais aconchegante aos seus frequentadores, mas sabemos que sozinhos não conseguiremos vencer mais este desafio.   Então venho pedir a ajuda de meus irmãos de Fé, para que esse nosso desejo se realize, na direita do nosso blog temos um botão para doações, para quem puder nos auxiliar com qualquer quantia para compra de materiais de construção.
   Somos uma entidade sem fins lucrativos e nossa renda depende exclusivamente das doações de boas almas como vocês, para assim mantermos nossos trabalhos de ajuda funcionando. E agora, com sua ajuda, poderemos ter em um ambiente mais aconchegante a todos.
   Agradecemos a todos que puderem contribuir e pedimos que nossos divinos Orixás iluminem sua jornada, retribuindo e multiplicando em muito sua ajuda.

Saravá a todos

Luis Santos Sacerdote

domingo, 15 de maio de 2016

O Tempo


🍁 ALMA/TEMPO 🍁


   Primeiro gostaria de sanar as dúvidas sobre a diferenciação da Triuna Corpo x Períspirito x Alma.
   Nós seres humanos somos duais; ou seja, compostos por um Corpo Físico (matéria orgânica), e um Duplo Etéreo (Alma e períspirito); falando um pouco de cada um:


-CORPO FÍSICO: O corpo humano é composto por mais de 60 diferentes elementos químicos, nos quais a maioria deles ainda ñ descobriram sua finalidade; os mais conhecidos são:


OXIGÊNIO‬: responsável por 65% da composição física.

‪‎CARBONO‬: responsável por 18% da composição física.

‪‎HIDROGÊNIO‬: responsável por 10% da composição física(presente em todo Universo).

‪‎NITROGÊNIO‬: Responsável por 38% da composição física.

‪‎CÁLCIO‬: responsável por 1,5% da composição física.

‪‎FÓSFORO‬: responsável por 1% da composição física.

‪‎POTÁSSIO‬: responsável por 0,25% da composição física.

‪‎ENXOFRE‬: responsável por 0,25% da composição física.

SÓDIO‬: responsável por 0,15% da composição física.

‪‎CLORO‬: responsável por 0,025% da composição física.

MAGNÉSIO‬: responsável por 0,05% da composição física.

‪‎FERRO‬: responsável por 0,006% da composição física.

   E por aí vai; estes se apresentam principalmente em forma líquida, como mantenedores da integridade de nosso corpo físico.


* O DUPLO-ETÉREO: Este é responsável pela ligação do corpo físico ao espiritual (através do Fio Sútil).


 * PERISPÍRITO: é a cópia fiel do corpo físico; ele tem a função de captar as energias vibracionais recebidas, filtrá-las e distribuí-las através dos chacras e manter nosso corpo físico vivo.
   Ele é constituído por energias menos densas que o corpo físico, quase materiais, provindas das energias do Universo(Fluído Universal), mais fluído vital e outras energias sutis; estas energias tem influência direta sobre o corpo físico; o períspirito, grosseiramente falando é a pele que recobre a alma.


 * ALMA: Esta não possui forma ou matéria, é energia pura, Partículas Divinas do Criador em forma energética mais que sutil (a energia da alma pode ser comparada a de uma bomba nuclear), que é o foco inteligente, pensante e motor do corpo físico; para que entendamos melhor, atua através de seu HD que leva o nome de "Sensorium Comune", onde tudo está registrado desde seu processo de geração e nascimento no Universo Dimensional, até a presente reencarnação.
   Então esses corpos se fundem formando o ser humano Universal.


   A natureza terrestre íntima dos seres(corpo/espírito), está intimamente ligada aos 7 Sentidos da Vida, que por sua vez é representado por 7 Divindades, que nos despertam 7 Irradiações Divinas; estas nos irradiam o tempo todo, através de suas emanações energéticas vibratórias.


   Os Sentidos da Vida de forma simplificada são:


-O SENTIDO DA FÉ: Através da religiosidade.
-O SENTIDO DO AMOR: Através da concepção.
-O SENTIDO DO CONHECIMENTO: Através do raciocínio.
-O SENTIDO DA JUSTIÇA: Através da razão
-O SENTIDO DA LEI: Através do caráter
-O SENTIDO DO SABER: Através da evolução e sentidos.
-O SENTIDO DA VIDA: Através da criatividade e geração.


  Essas Divindades que geram essas Irradiações, influenciam os seres.

  São uma espécie de "Administradoras" divinas que governam a criação.
   Essas forças naturais divinas, estão distribuídas em volta dos seres (Campo energomagnético), num enredo muito bem organizado, que exigem comprometimentos perante o Criador do Universo; tendo como objetivo o aprendizado e o aperfeiçoamento consciêncial dos seres em evolução.
   Cada irradiação exerce sua força dentro do seu domínio de ação, movimento ou paralisação dos seres conforme suas necessidades sobre a Crosta Terrestre.
   De uma forma um tanto quanto lúdica, vou falar da Divindade que mais me fascina..."Oya."  É a regente, a mãe do tempo.



"O TEMPO"
O tempo é soberano...
Não pode ser contado, somente percebido.
Ele coloca tudo no lugar certo.
Ele derruba máscaras.
Cicatriza feridas.
Nos permite viver ou simplesmente morrer!
Nos acolhe em seus braços com imensa sabedoria.

Oyá é a própria frieza de Deus.
Sustenta a fé, o amparo e a esperança.
É o caminho e a certeza da evolução do ser.
É o próprio Espaço/Tempo.
É o vazio Cósmico de onde são retiradas todas as almas apatizadas ou emocionadas, esgotando seu desequilíbrio.
É a ordenadora do caos na eternidade do tempo.
Ê a infinitude de Deus onde todas as evoluções acontecem.
É a esgotadora do lobo sanguinário que se oculta sob a forma de pele de cordeiro.
Recolhe os desgarrados e desvirtuados.
Acolhe os incompreendidos e desolados.
Espalha a fé, a esperança e o sonho.
Mostra o vazio e o infecundo mais escondido, e o exterioriza para questionamentos.
Trás as respostas das indagações mais improváveis.

De Oya ninguém escapa, foge, evita ou sai ileso, porque ela cobra.
Ê a Dona do Tempo Cronológico.
Trás as rugas de todo sofrimento oculto à flor da pele.
Dá de espirar ao ser e depois o toma a pulso.
Representa o bom, a alegria e a bonança.
Mas também, o ruim, a tristeza e a desesperança.
É o tudo de um todo.
É o todo de um tudo.
Ela tem pressa.

Oya não para!

SALVE OYA, OLHA O TEMPO MINHA MÃE